Promotores da Vida

  • Início
  • Iniciativas
    • Promova a Vida
    • Eleições 2014
  • Agenda
  • Artigos
  • Notícias
  • Videoteca
  • Arquivos

Destaques:

Destaques
  • Anencefalia
  • Aborto
  • Cultura da morte
  • Gênero
  • Firmes na Brecha
Facebook
Twitter
Youtube
  • Início
  • Notícias
  • Comércio de óvulos: exploração e risco para doadoras
  • Imprimir
  • E-mail
Quinta, 06 Outubro 2011 03:38

Comércio de óvulos: exploração e risco para doadoras

Entrevista com Jennifer Lahl, presidente do Centro de Bioética e Cultura dos Estados Unidos

O comércio de óvulos é uma atividade de bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, uma verdadeira indústria. Mas começam a aparecer histórias de mulheres exploradas que arriscaram a vida com a estimulação excessiva para extração de óvulos.

No mundo inteiro existem anúncios em busca de mulheres jovens que queiram vender seus óvulos por dezenas de milhares de dólares. A venda é apresentada com finalidade humanitária: os óvulos serviriam “para realizar o sonho de quem sofre a infertilidade”.

Mas quem são as doadoras de óvulos? São tratadas com justiça? Ou são vítimas do cínico utilitarismo do mercado? Quais os riscos no curto e no longo prazo para a sua saúde?

O Centro de Bioética e Cultura (Center for Bioethics and Culture Network, http://www.cbc-network.org/) nos fala da sua pesquisa a este respeito no documentário Eggsploitation: The infertility has a dirty little secret [A óvulo-exploração: segredinhos sujos da infertilidade] (http://www.eggsploitation.com/).

Depois de ver o documentário, Kelly Vincent-Brunacini, presidente da associação Feministas pela Vida, de Nova Iorque, disse que Eggsploitation é um trabalho convincente e revelador, que mostra ao espectador a outra face da indústria da infertilidade.

As três mulheres que dão seus depoimentos no documentário arriscaram a vida por causa das complicações associadas à doação de óvulos. Uma sofreu uma embolia que lhe danificou o cérebro, outra desenvolveu câncer e a última tem vários problemas de saúde provocados pela superestimulação dos ovários.

Para aprofundar o tema, cujas implicações médicas e sociais serão cada vez mais notáveis, ZENIT entrevistou Jennifer Lahl, Presidente do Center for Bioethics and Culture Network.

ZENIT: Você poderia nos contextualizar sobre o filme?

J. Lahl: Eu sou a autora, produtora e diretora de Eggsploitation, que ganhou o prêmio de melhor documentário noCalifornia Independent Film Festival 2011. O filme já foi vendido para mais de 30 países.

ZENIT: Você fala de segredinhos sujos da indústria da infertilidade. Quais?

J. Lahl: Os “segredinhos sujos” são muitos. Por exemplo, as mulheres não são informadas dos riscos e das complicações no curto e no longo prazo. E não têm acompanhamento quando começam a sofrer problemas de saúde. É evidente que as mulheres não podem ser informadas adequadamente sobre os eventuais riscos para a saúde. Existe muita hipocrisia, eles falam de doação de óvulos, mas é uma “venda” condicionada pelo utilitarismo de mercado. O consentimento é comprado, porque as mulheres precisam de dinheiro. É evidente que os médicos deveriam exigir um correto consentimento informado, deveriam ter os dados científicos para fazer estudos amplos e impedir a oferta de dinheiro. Nós descobrimos que alguns remédios para a fertilidade nunca receberam aprovação das autoridades para este uso particular. O Lupron, por exemplo, foi aprovado pela U.S Food and Drug Administration (FDA) para o câncer de próstata em estado terminal, mas não para a ovulação excessiva. Então as ilegalidades da indústria da infertilidade são graves e numerosas: não existe nenhum estudo de longo prazo sobre os riscos para a saúde, as violações do consentimento informado, a corrupção induzida por dinheiro, a pouca ou nenhuma proteção à doadora, ainda mais quando os óvulos são danificados.

ZENIT: Quais são os números do comércio de óvulos?

J. Lahl: É muito difícil quantificar o número de doações de óvulos. A maior parte é feita sem registro nenhum. É um setor em expansão e fora de controle.

ZENIT: Quem são as doadoras de óvulos?

J. Lahl: Normalmente são mulheres de 21 a 30 anos, que estão na etapa de maior atividade reprodutiva. Na maior parte dos casos são mulheres que precisam de dinheiro. Nos Estados Unidos, a maioria são estudantes universitárias de 19 a 25 anos, que têm que pagar a universidade, o aluguel... Nos países mais pobres, são mulheres que têm que pagar o aluguel da casa, a comida...

ZENIT: Quais são os riscos para a saúde no curto e no longo prazo?

J. Lahl: No curto prazo são todos os vinculados com a superestimulação dos ovários (OHSS), além de embolias, aumento de peso, desequilíbrios hormonais e psicológicos... Os riscos no longo prazo são os tumores, em particular os do aparelho reprodutivo, e problemas de redução da fertilidade.

ZENIT: Não é paradoxal que sejam feitos 50 milhões de abortos por ano quando existem pessoas dispostas a tudo parater óvulos que possam ser fecundados?

J. Lahl: Sim, é um paradoxo cínico. Crianças concebidas são jogadas no lixo e são gastos recursos enormes para explorar o corpo de outras pessoas e fazer vidas em laboratório!

ZENIT: Não seria melhor deixar para adoção os bebês que não são desejados?

J. Lahl: Num mundo de amor, o melhor seria que as mães e os pais acolhessem todos os bebês concebidos. Temos muito trabalho para incentivar as mães e pais a terem seus filhos em vez de abortar. Se eles não se sentem capazes de cuidar dos próprios filhos, não é fácil convencê-los a favorecer a adoção.

Fonte: www.zenit.org

Tweet
Mais Notícias: O mundo hoje chora o fruto de uma gravidez indesejada – Steve Jobs, R.I.P. Igreja no Brasil celebra Semana Nacional da Vida em outubro
Entre para postar comentários
^

Tags

Aborto Amor Anencefalia Bioética Casamento castidade Concepção defesa da vida Eutanásia Família Matrimônio papa francisco papa joao paulo ii Promotores da Vida semana da vida 2013 Sexo Sexualidade STF Vida Vida humana

Mais acessados

  • Manhã de reflexão para médicos discute o tema fé e razão

    em Notícias
  • Firmes na Brecha (texto completo)

    em Artigos
  • Estatuto
  • Agenda
  • Contato
Produzido por Desenvolvido por Trídia Criação